segunda-feira, agosto 10

Tributo Masoquista




E hoje eu não consigo sair desse círculo que eu mesma criei. O tempo não volta atrás, então o que estou eu fazendo aqui, porta aberta esperando a tua volta? A saudade é dor que sangra, corrói e mancha. Hoje sou apenas um fantasma esperando, o que não vai voltar.
Hoje eu sou um buraco a peito aberto que nunca é fechado. A dor é esquecida por hora, mas o buraco não fecha. Sangra. Está a espera da dor novamente, quando teu nome for mencionado. Lembrado. Ou à espera de uma cicatriz; quando tu estiver de volta, e tudo voltar a ser como foi um dia.
E com olhos de menina ela tenta ver o mundo e o sentimento dos outros. Seus olhos, uma porta de entrada. Se apega fácil, ama. Mas as coisas não saem de um jeito simplificado. Seu coração infante não entende as pessoas e os que elas querem dela, e ela não entende o porque das coisas serem tão difíceis. Viver deveria ser tão fácil. Mas todos complicam, e isso complica tudo pra ela. E triste por não poder consertar o que há a sua volta, ela se quebra. Em pedaços que ferem a ela própria. Ela nao pode consertar o mundo, não pode sequer consertar a si mesma. O mundo não para. E ele insiste em engulir-lhe com tudo o que tem.