Ah, a doce e mortificante espera.
Como meu corpo dói quando lembro de ti. Assim como um alcoólatra, preciso de mais um degradante gole.
Preciso da reconfortante sensação do ter, do querer e do poder.
Porque com você eu sinto que não preciso fingir, não preciso fugir.
Eu estou pronta.
Ah, a sensação de falta, a vontade, a saudade. É como se mil farpas atravesassem minha pele, é como se meus tímpanos suportassem mil decíbeis, é como se eu gritasse o mais alto que eu pudesse e ninguém me ouvisse.
E então, ver teus olhos, teu semblante, sentir teu cheiro!
É como se eu pudesse sentir ondas elétricas pecorrendo meu corpo e saindo por cada poro. Você pode sentir isso?
Pode sentir como tremo por estar perto de você? Como minha voz falha, e como meus olhos oscilam pra baixo?
Respiração entrecortada, taquicardia. Beijos de último suspiro.
Você tem noção do que tudo isso pode significar?
Me sinto com se estivesse presa a você, dependente da sua atenção e do seu querer.
Não sei onde isso vai dar, muito menos o que virá disso tudo. Só rezo para ainda estar de pé quando tudo isso se for.