terça-feira, setembro 29

Cheiro.


E quando eu susurrar teu nome, vem.
Vem que eu anseio teu corpo ao lado do meu, passando pra mim as ondas suaves da temperatura quente de teu corpo. Do exalar do teu cheiro amadeirado e forte penetrando-me as narinas e gerando em mim o anseio de estar cada vez mais envolvida em teus braços. Do teu suave toque digital nos fios de meus cabelos dóceis e do roçar de tua barba por fazer na minha pele arrepiada.
Vem que eu preciso fitar a luz dos teus olhos solenes e descobrir neles a fonte do meu desejo, assim como eu preciso ouvir mais uma vez, tua voz rouca sussurrada ao pé de meu ouvido confessando que me ama.

segunda-feira, setembro 21

Pequeno Reinado

Sentada aqui no meu quarto, escuro e quente, estou protegida de tudo lá fora. Tomo esse lugar como um mundo feito por mim e especialmente pra mim.Eu sou o que quiser aqui. as sombras na parede me sorriem...brincam e se mostram amigas.Olho pro teto e imagino ele cor de rosa, estrelado e ensolarado ao mesmo tempo. Tão bom reinar aqui...a paz é primordial neste lugar. Coelhos e pássaros passam pelas paredes roxas, corações sobrevoam minha cama enquanto borboletas percorrem meu quarto.Aqui todos os sentimentos são vividos, as alegrias são eternizadas em fotos, textos, lembranças... As raivas extravasadas, gritadas e choradas até irem embora e a paz reinar novamente. estou no meu centro, e eu decido o q entra e o que sai. Aqui? ninguém manda.É meu infinito particular!Nele eu me recolho e me vejo como realmente sou. E enquanto as portas não abrem apontando o mundo cruel e insosso lá fora, eu posso sonhar que aqui sou rainha, e que nesse mundo de sonhos eu reino e posso ser o que quiser.

sábado, setembro 5

Ataque de nervos contraditório e insone

Agonia, isto é mais do que eu posso suportar. Porque as coisas não são mais tão fáceis como eram antes? De repente , ao piscar de olhos o mundo se tornara um verdadeiro caos. E estou aqui perdida em meio à enxurradas tentando me proteger tolamente. Um virar de costas, um olhar rude. Palavras duras e cuspidas. Migalhas. Nenhum deles se importa.Todos tão obcecados em mostra-se tão jubilosos com suas vidas. E ninguém realmente tem coragem de dar a cara a tapa e dizer que a vida é tensa. É crua, e que ela te rasga de forma sádica e cruel. E o quão somos entregues aos leões sem qualquer muleta a se apoiar.

sexta-feira, setembro 4



Porque temos essa insana necessidade de depender do outro? Porque essa vontade de achar aquilo que nos complete? Esse melancólico sentimento que algo nos falta...
É uma procura vã que dura o resto da vida.E somos tão tolos que continuamos procurando. A tenra esperança de achar o toque perfeito, o encaixe exato, as falas certas, a essência tácita e completa. A tenra esperança que acaba e se refaz a cada encontro tortuoso.
A mente vaga, idéias subliminares. Peito aperta. Lágrimas inúteis. Vazio.
Porque procurar? Pelo o quê procurar?


Nós já nascemos inteiros.

Mas tente me convencer disto. Grite estas palavras pra mim. Sou tão cega, tão surda.Tão débil.
A um passo da morte talvez eu me convença. Quando nunca tiver achado o que procurei e voltar atenção apenas para as dores do meu corpo exangue e torto. Por fim.






Eu bem queria saber o que está por trás das tuas palavras.

quarta-feira, setembro 2

Pra mim essas milhas não valem nada.
E se tu sentisse com mesma intesidade o que eu sinto, tb não valeriam pra vc.


Daí, não existiria utopia.