Eis duas condições que andam estreitamente juntas em um relacionamento.Uma depende da outra, assim como dar e receber.Sem sinceridade de uma parte, não há como existir confiança da outra. As vezes nem por não querer, mas pelo simples fato de não conseguir. É algo que se constrói e que se refaz diariamente. E que fácil pode se extinguir. É um bem necessário ao sucesso de tantos amores pela vida afora.Mais do que oferecer o amor, é necessário ser sincero para ganhar confiança. Mesmo que muitas vezes a verdade machuque;Ora pois, não vês que a mentira, suja e desnecessária aparece como máscara apenas a camuflar aquilo que nossos ouvidos não querem ouvir? Eis que teu coração se engana, ou pior é enganado?Mas credes que se escuta a verdade cruel e ceifante, a dor é inevitável, porém tu és banhado com a sinceridade de quem te ama o bastante para não te fazer sofrer mais que o necessário.''- A verdade só dói uma vez, a mentira a cada vez que é lembrada''.E assim seu coração entende. És amado, puro, sincero e verdadeiramente.Porque amor de verdade nunca mente, entrega seus erros e espera que seja aceito de volta.
sábado, novembro 19
segunda-feira, novembro 14
Eu não consigo comer, não consigo estudar, não consigo dormir. Não consigo sequer sorrir. É como se eu me sentisse doente 24h por dia; o corpo dói, treme, o coração aperta, a pele quente e as mãos geladas, me sinto enjoada. O medo tomando conta do inconsciente.
Mas eu não estou doente.
Estou entre a cruz e a espada, a solidão e a presença, a saudade e o inconformismo, a verdade e a mentira,
- a razão e o coração.
Nunca pensei que me sentiria assim. Nunca sequer pensei que vc me faria ficar assim.
Por vezes, até queria por um instante ter me feito de cega, muda e surda, quem sabe eu até estaria me sentindo melhor se vendasse meus olhos e apenas soubesse lá no fundo que estava sendo inimiga de mim mesma.
Agora eu me vejo perdida em falsas promessas, fortes lembranças e um futuro de eternas incertezas.
Agido ou esquecido, saindo pela porta ou seguindo em frente, de uma coisa eu sei: eu nunca mais serei a mesma de novo.
Mas eu não estou doente.
Estou entre a cruz e a espada, a solidão e a presença, a saudade e o inconformismo, a verdade e a mentira,
- a razão e o coração.
Nunca pensei que me sentiria assim. Nunca sequer pensei que vc me faria ficar assim.
Por vezes, até queria por um instante ter me feito de cega, muda e surda, quem sabe eu até estaria me sentindo melhor se vendasse meus olhos e apenas soubesse lá no fundo que estava sendo inimiga de mim mesma.
Agora eu me vejo perdida em falsas promessas, fortes lembranças e um futuro de eternas incertezas.
Agido ou esquecido, saindo pela porta ou seguindo em frente, de uma coisa eu sei: eu nunca mais serei a mesma de novo.
quinta-feira, julho 28
Porque teu cheiro me provoca e teu olhar me atrai. Tuas doces palavras proferidas ao pé do ouvido, um suave sussurro repleto de amor e vontade, pecorre-me a alma e inflama-me o ego. Os pelos eriçados, causa de tua presença. O conforto e abrigo que tua estada representa não são mais que o resultado fatorial de todas as circunstancias vividas e perdidas. E de tudo o que nos trouxeram até aqui.
Ponho minha confiança em ti, entrego-te a minha vida, sonhos e ensejos. Indispensávél és tu, meu doce pequeno problema.
quarta-feira, maio 12
A dor é inevitável, o sofrimento opcional. E eu sei, opto pelo sofrimento a maioria das vezes, como se fosse necessário, como se só assim eu conseguisse me convencer de que nada vai ser como antes. Uma fase de luto terrível, melancólica e indispensável para cicatrizar cada pústula criada por cada lágrima e cada sensação de perda. Noites intensas onde a cama e a frustração são companheiras inseparáveis para uma noite inteira de torpor profundo.
Às vezes eu simplesmente apago da minha mente. Como se não tivesse acontecido. Um sonho surreal e distante na vida de alguma estranha que fitei no espelho. E sabe, nesse exato instante me sinto uma estúpida. As lágrimas são desnecessárias agora. Deve ser o momento de seguir em frente. Mas dessa vez sem lembranças e sem lamentações.
Inícios rápidos, inícios intensos. Fins rápidos, fins intensos.
Mas eu tentarei não mais me deplorar por tudo isso. Minha sanidade não me permite mais, e meu coração... ah, esse já está se abrindo de novo. E dessa vez, eu estou permitindo isso.
- E hoje, eu só quero ver o sol raiar tomando uma bela xícara de café enquanto me pergunto o que o dia reservará para mim.
Loser
Acho que eu já esqueci o seu beijo, acho que eu já não posso mais sentir o seu toque, nem consigo mais lembrar do seu cheiro.
Isso não parece bom, mas é o que me parece sadio agora.
Porque eu lamentaria tanto me lamentar por perder você. Porque hoje eu vejo que eu não perdi nessa história.
Eu dei tudo de mim.
Eu fiz tudo o que poderia ter feito por vc
Eu prometi tudo o que eu sonhava pra vc
E eu mostrei tudo o que poderíamos ser, o que poderíamos nos tornar.
Eu acho que eu amei sozinha. Agora eu vejo, eu quis sozinha.
Mas sabe, eu não perdi.
Analisando tudo o que eu quis te dar querido, você foi o mais lesado nessa história.
E você, é eu sei, você teve sua pequena parcela de culpa na construção desse amor breve e doentio. Eu acordava todos os dias esperando sua voz e atenção, meu motivo doce, decadente e necessário para a felicidade ilusória.
E você me ofereceu tudo o que podia oferecer. Você me deu o que podia me dar, e você planejou o que podia sonhar.
Apenas não foi o bastante.
Pra nós dois.
terça-feira, maio 4
Broken heart
Fique.
Não vá embora, não me vire as costas. Nada me cortaria tanto que sentir a tua ausência.
Só tu fez de mim o que bem quis. Entraste na minha vida e tomaste conta dela, se apossando de cada segundo e cada respiração minha.
Tu, foste o que chegaste mais longe no que posso chamar de amor. Tu despiu-me por completo, sem meias verdades e sem máscaras . Foste a face que me viu amadurecer enquanto se quebravam meus conceitos fúteis e minhas crenças infantis. E foste aquele a quem eu mais me agarrei quando o mundo pareceu escapar-me sob os pés.
Não me deixe aqui. Me leve com você, eu estaria disposta a seguir o teu caminho onde quer que fosse. Não há passado, não há exemplos, trilhemos isso no agora e por nós mesmos.
- Eu iria, eu te esperaria, bastava uma palavra.
Não use de palavras gentis pra me fazer entender a sua falta de crença. Grite pra mim as palavras reais, só elas me farão entender que eu te perdi e que eu estarei sozinha agora.
Você não me quer. Simples, não me quer. Isso resume desculpas desnecessárias.
Deus! Como isso dói!
O tempo me fará te esquecer um dia, mas até lá, é em você em que eu penso quando choro todas as noites.
terça-feira, abril 20
sábado, abril 10
Uma frase: estou aqui. E foi o suficiente pra incendiar-lhe alma. A ansiedade inflou-se dentro dela e o riso explodiu como estrelas fluorescentes. Ficou trêmula, pegou suas coisas, retocou a maquiagem e pôs-se a esperar.
A buzina do carro soou lá fora, correu, saiu e trancou a porta - droga de chave, não emperra agora.
Olhou os belos olhos que a esperavam e fez um pouco de charme ao notar o quanto eles a desejavam. Despreocupadamente deu a volta e entrou pela porta ja aberta.
- Vc está linda!
Ela riu com o soar da frase, a voz surpreendida por pequenas mudanças nela em tão pouco tempo. Ele pôs sua mão sobre sua coxa e a olhava tão intrigado que era deliciosamente reconfortante ter sentido o tempo passar tao devagar, como se cada minuto de saudade tivesse valido a pena naquele momento.
Ele deu a partida e então saíram. E não importava o que esperava por eles aquela noite, pra ela só bastava que ele tivesse por perto, como há tanto desejava.
A buzina do carro soou lá fora, correu, saiu e trancou a porta - droga de chave, não emperra agora.
Olhou os belos olhos que a esperavam e fez um pouco de charme ao notar o quanto eles a desejavam. Despreocupadamente deu a volta e entrou pela porta ja aberta.
- Vc está linda!
Ela riu com o soar da frase, a voz surpreendida por pequenas mudanças nela em tão pouco tempo. Ele pôs sua mão sobre sua coxa e a olhava tão intrigado que era deliciosamente reconfortante ter sentido o tempo passar tao devagar, como se cada minuto de saudade tivesse valido a pena naquele momento.
Ele deu a partida e então saíram. E não importava o que esperava por eles aquela noite, pra ela só bastava que ele tivesse por perto, como há tanto desejava.
terça-feira, março 30
Sweet.
"Ele me tomou nos braços, tão forte como se achasse que eu iria escapar por entre seus dedos. Querido, você não vê que eu só estou aqui por você? Estou entregue. Sou tua, e não há mais motivos para fugir. Quero que faça de mim o que bem quiser. Me aperte com seus braços rígidos, quero sentir cada centímetro do meu corpo colado ao teu. Me beije com vigor, mordisque meus lábios, molhe minha língua e me deixe com seu sabor entre os dentes. Desça devagar enquanto explora meu corpo, irresistível e vagarosamente enquanto me vem ondas de prazer incontroláveis. Conduza seu corpo no mesmo ritmo que o meu em uma bela sincronia, como notas tocadas no mesmo tom. E Nossos fôlegos entram em sicronia, aumentando a gemidos sórdidos.''
- E então, dois gritos de prazer quebram o silêncio no ápice daquela noite. Exauridos, se entregam ao relaxamento profundo que se seguiu logo ao êxtase que experimentaram.
quinta-feira, fevereiro 18
Can you feel it ?
Ah, a doce e mortificante espera.
Como meu corpo dói quando lembro de ti. Assim como um alcoólatra, preciso de mais um degradante gole.
Preciso da reconfortante sensação do ter, do querer e do poder.
Porque com você eu sinto que não preciso fingir, não preciso fugir.
Eu estou pronta.
Ah, a sensação de falta, a vontade, a saudade. É como se mil farpas atravesassem minha pele, é como se meus tímpanos suportassem mil decíbeis, é como se eu gritasse o mais alto que eu pudesse e ninguém me ouvisse.
E então, ver teus olhos, teu semblante, sentir teu cheiro!
É como se eu pudesse sentir ondas elétricas pecorrendo meu corpo e saindo por cada poro. Você pode sentir isso?
Pode sentir como tremo por estar perto de você? Como minha voz falha, e como meus olhos oscilam pra baixo?
Respiração entrecortada, taquicardia. Beijos de último suspiro.
Você tem noção do que tudo isso pode significar?
Me sinto com se estivesse presa a você, dependente da sua atenção e do seu querer.
Não sei onde isso vai dar, muito menos o que virá disso tudo. Só rezo para ainda estar de pé quando tudo isso se for.
segunda-feira, fevereiro 1
quinta-feira, janeiro 28
Quase insuportável, como hematomas por todo o meu corpo. É como se meus ossos estivessem quebrando-se um a um. Essa insuportável condição de ter perdido. Essa inigualável sensação de que nada vai ser como antes;
Olho no espelho, rosto inchado. Olhos vermelhos e a certeza que tudo, tudo que estava em minhas mãos queimou.
- Perder tanto por tão pouco.
Olhar vazio e mente cheia, trancada no quarto olhando pro teto, pelúcia junto ao peito. Escuro.
E está tudo ritmado,
As notas e as lágrimas.
Os acordes e os gritos.
E como uma fênix espero por morrer hoje, pra resnascer amanhã.
quarta-feira, janeiro 27
Em nome dos velhos tempos.
4 anos, 10 meses;
É. O tempo realmente passou. E aconteceu tanta coisa nesses anos todos, que eu me pergunto se eu ainda sou aquela menina que você conheceu. Talvez mais madura, talvez mais decidida, enfim, com atitudes que se creditam conforme a idade. Inevitável. Nessses anos muitas coisas se passaram, boas e ruins, experiências, situações, e muitas pessoas novas atravessaram meu caminho;
Uma coisa eu sei, nunca muda e nem vai mudar, a saudade da nossa amizade, o sorriso ao lembrar do teu nome. As lembraças que eu carrego de ti. Teu sorriso e tua voz ainda são bem fortes.
Ouvir sua voz ao telefone, aquela risada gostosa que só vc sabia dar, ouvir aquelas broncas por não estar estudando, ou ouvir aquelas perguntas nada discretas. Falar sobre o dia, sobre a vida. Ouvir e ser realmente ouvida. Receber seus conselhos, as opções que cada situação me mostrava e vc me estimulando a escolher. Isso o tempo não apaga. E por mais que o tempo passe, por mais que a correria do dia a dia me afaste um pouco de tudo aquilo que eu vivi, em uma hora do meu dia algo sempre me leva de volta à você.
- Eu ainda sinto tanto a sua falta.
Você era aquele que apesar de estar longe estava presente, que estava perto, pronto pra me acolher em qualquer situação,pronto pra me ouvir e me ajudar. E era incrível o seu sexto sentido. E isso meu querido, nunca se esquece. Hoje isso ainda me faz tanta, mas taanta falta. Olho pra trás e vejo que faltaram pedaços, que a gente podia ter tentado mais, estado mais, que eu poderia ter aproveitado mais sua presença aqui. Mas era impossível prever , impossível saber o que ia acontecer; e eu jamais pensaria que perderia você tão cedo; que nunca mais ouviria a sua voz de novo, que nunca sentiria mais seu abraço e que nunca mais veria o teu sorriso. Penso no dia do nosso reencontro depois de tantos desencontros e aquelas palavras que vieram à minha cabeça e que me fizeram esperar mais, me doem tanto...
"Deixa, a gente ainda vai ter muito tempo''
Mas a gente não teve. Lembrando disto nada me parece mais irônico.
E apesar desses anos todos, a minha saudade ainda reluta com a sua ausência. E eu não consigo entender ou aceitar o porquê de você não estar mais aqui. O conformismo nunca me pareceu uma solução das mais agradáveis.
A formatura está chegando, e você que sempre me deu forças pra seguir em frente vai estar lá. Te levarei nas minhas lembranças e no meu coração, e sei que você estará lá, presente comigo, como deveria ser. Para Gyl (in memorian)
Os velhos: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=13778633&tid=2465947778575625758&na=4&nst=34&nid=13778633-2465947778575625758-2496613696917315261
terça-feira, janeiro 19
Como posso esperar tanto de você?
- Me sinto torta.
Eu espero muito mais de você do que uma simples noite dividindo o mesmo espaço.
Não quero meias verdades, não quero justificativas.
Me fizeste me entregar ao máximo, não peço nada menos que sejas digno de meu pensamento constante, meu ar entrecortado e meus suspiros afogados. Que eu pense em ti como tudo o que sou, tudo o que quero, tudo o que tenho e preciso. Assim como desejo que tenha a mim, como sua necessidade constante de ter um motivo para sorrir mais um dia.
Quero que me apresente como luz e sorriso aos que te rodeiam, e que me permita dividir tuas venturas e frustrações. Preciso da tua presença constante, da tua atenção incessante, da tua voz insistente dizendo que você está aí, que você tá perto, que realmente devo contar.
Está vc pronto pro que der e vier por mim?
quinta-feira, dezembro 24
I'm not good enough.
Não se fruste quando não consigo responder tuas investidas quentes. Não estou acostumada à promessas e esperanças, logo, não conheço resultados felizes.
Constantemente iludida e ferida nunca pude sentir o sabor verdadeiro do que chamam de paixão. Esse medo insano de não corresponder às expectativas, de não saber ser capaz de suportar tais compromissos. Não consigo responder as nuances das tuas frases de efeito, aquelas que deixam minha pele arrepiada e fazem meus olhos vagarem pelo teto.
E determinada a logo me recostar no teu peito elaboro mil planos. Mas ao mesmo tempo me vem à cabeça aquilo que me é sempre pertinente: sou eu boa o bastante para você? Porque eu tenho essa estranha e triste sensação de nunca ser boa o suficiente. Essa impressão infeliz que nunca me permite ir além do que eu espero que eu possa. Eu tenho esse pequeno defeito de fábrica meu amor, e eu nao sei como consertá-lo. Mas acho que sei como você pode contorná-lo; Faça-me a mulher mais amada do mundo. E mesmo estando ausente, que você esteja presente em todos os meus dias, caminhe comigo em silêncio enquanto seu corpo fala, enquanto sua mão aperta a minha; olhe pra mim como se fosse a primeira vez que nos vimos e me beije como se fosse a última. Me cuide, como se tivesse a impressão de que eu fosse quebrar ao mais suave toque.Eu quase posso sentir você aqui.
- Quem sabe assim a minha carência doentia seja resolvida.
terça-feira, dezembro 8
Despedida,
- É, eu já me obriguei a mandar você pro inferno depois de tantas vezes que me deixou sem nada do que esperar, e me vi dias depois estar caindo em seus braços sem remorso algum.
O nosso fim chegou.
Mas, ainda entorpecida, me nego a aceitar a falta do teu cheiro enquanto luto insensantemente para me libertar do efeito que a tua presença ainda causa em mim.
Eu sei. Mesmo que eu veja a maré nos
levando pra lados opostos eu sei que eu sempre estarei aqui pra você.
terça-feira, setembro 29
Cheiro.
E quando eu susurrar teu nome, vem.
Vem que eu anseio teu corpo ao lado do meu, passando pra mim as ondas suaves da temperatura quente de teu corpo. Do exalar do teu cheiro amadeirado e forte penetrando-me as narinas e gerando em mim o anseio de estar cada vez mais envolvida em teus braços. Do teu suave toque digital nos fios de meus cabelos dóceis e do roçar de tua barba por fazer na minha pele arrepiada.
Vem que eu preciso fitar a luz dos teus olhos solenes e descobrir neles a fonte do meu desejo, assim como eu preciso ouvir mais uma vez, tua voz rouca sussurrada ao pé de meu ouvido confessando que me ama.
segunda-feira, setembro 21
Pequeno Reinado
Sentada aqui no meu quarto, escuro e quente, estou protegida de tudo lá fora.
Tomo esse lugar como um mundo feito por mim e especialmente pra mim.Eu sou o que quiser aqui.
as sombras na parede me sorriem...brincam e se mostram amigas.Olho pro teto e imagino ele cor de rosa, estrelado e ensolarado ao mesmo tempo.
Tão bom reinar aqui...a paz é primordial neste lugar.
Coelhos e pássaros passam pelas paredes roxas, corações sobrevoam minha cama enquanto borboletas percorrem meu quarto.Aqui todos os sentimentos são vividos,
as alegrias são eternizadas em fotos, textos, lembranças...
As raivas extravasadas, gritadas e choradas até irem embora e a paz reinar novamente.
estou no meu centro, e eu decido o q entra e o que sai. Aqui? ninguém manda.É meu infinito particular!Nele eu me recolho e me vejo como realmente sou.
E enquanto as portas não abrem apontando o mundo cruel e insosso lá fora, eu posso sonhar que aqui sou rainha, e que nesse mundo de sonhos eu reino e posso ser o que quiser.
sábado, setembro 5
Ataque de nervos contraditório e insone
Agonia, isto é mais do que eu posso suportar.
Porque as coisas não são mais tão fáceis como eram antes?
De repente , ao piscar de olhos o mundo se tornara um verdadeiro caos.
E estou aqui perdida em meio à enxurradas tentando me proteger tolamente.
Um virar de costas, um olhar rude. Palavras duras e cuspidas.
Migalhas.
Nenhum deles se importa.Todos tão obcecados em mostra-se tão jubilosos com suas vidas.
E ninguém realmente tem coragem de dar a cara a tapa e dizer que a vida é tensa. É crua, e que ela te rasga de forma sádica e cruel. E o quão somos entregues aos leões sem qualquer muleta a se apoiar.
sexta-feira, setembro 4
Porque temos essa insana necessidade de depender do outro? Porque essa vontade de achar aquilo que nos complete? Esse melancólico sentimento que algo nos falta...
É uma procura vã que dura o resto da vida.E somos tão tolos que continuamos procurando. A tenra esperança de achar o toque perfeito, o encaixe exato, as falas certas, a essência tácita e completa. A tenra esperança que acaba e se refaz a cada encontro tortuoso.
A mente vaga, idéias subliminares. Peito aperta. Lágrimas inúteis. Vazio.
Porque procurar? Pelo o quê procurar?
Nós já nascemos inteiros.
Mas tente me convencer disto. Grite estas palavras pra mim. Sou tão cega, tão surda.Tão débil.
A um passo da morte talvez eu me convença. Quando nunca tiver achado o que procurei e voltar atenção apenas para as dores do meu corpo exangue e torto. Por fim.
quarta-feira, setembro 2
segunda-feira, agosto 10
Tributo Masoquista
E hoje eu não consigo sair desse círculo que eu mesma criei. O tempo não volta atrás, então o que estou eu fazendo aqui, porta aberta esperando a tua volta? A saudade é dor que sangra, corrói e mancha. Hoje sou apenas um fantasma esperando, o que não vai voltar.
Hoje eu sou um buraco a peito aberto que nunca é fechado. A dor é esquecida por hora, mas o buraco não fecha. Sangra. Está a espera da dor novamente, quando teu nome for mencionado. Lembrado. Ou à espera de uma cicatriz; quando tu estiver de volta, e tudo voltar a ser como foi um dia.
E com olhos de menina ela tenta ver o mundo e o sentimento dos outros. Seus olhos, uma porta de entrada. Se apega fácil, ama. Mas as coisas não saem de um jeito simplificado. Seu coração infante não entende as pessoas e os que elas querem dela, e ela não entende o porque das coisas serem tão difíceis. Viver deveria ser tão fácil. Mas todos complicam, e isso complica tudo pra ela. E triste por não poder consertar o que há a sua volta, ela se quebra. Em pedaços que ferem a ela própria. Ela nao pode consertar o mundo, não pode sequer consertar a si mesma. O mundo não para. E ele insiste em engulir-lhe com tudo o que tem.
quinta-feira, julho 30
Talvez uma crônica..
O tipo de cara que toda garota em sã consciência se manteria afastada. À primeira vista rude, prepotente e excêntrico . Falas complicadas, escritas marcadas, jeito descolado. Estranhamente interessado em fatos e detalhes sumamente dispensáveis, ele cativou o dom de toda garota: falar demais. Falar de coisas inúteis e fúteis. Falar de coisas que não interessam a ninguém a não ser a elas mesmas.Certamente, coisas que garotos não precisam saber. Detalhes.
Mas intensamente preocupado neles ele os cultivou, instigou. E após os escutar simplesmente dava duas palavras de mera importância, o que resultava em mais detalhes, explicações.
Divergência de opiniões sempre. Ela egocêntrica e se importa com tudo o que sua imagem representa. Ele divergente, diferente. Ele gosta de chocar, mas não sei se ele sabe realmente disso. Ela falava sobre tudo sobre ela, e tampouco sabia sobre ele.
-A vida é complicada demais para explicar agora, era o que ela ouvia. Talvez depois, não esta preparada para isso.
Ela estava.
Sinceramente, para ela não importava o que ele dissesse, ela estaria pronta. Nada naquele ponto a interessava mais, a envolvia mais, do que ouvir ele. Saber sobre ele. Tudo o que pudesse lhe dar mais ciência sobre o que ele era, era o bastante. Ela empregava a ele o que mais tinha de bonito na sua vida naquele momento, apesar de tudo. Apesar da distancia, apesar de ser inviável, apesar do desconhecimento. Ela o amava. Sim isso podia ser real.
Incomum talvez, mas real. Ela fez castelo de sonhos onde ele era o personagem principal. Aquele que a viria resgatar sobre um cavalo veloz, de uma vida triste e enfadonha em uma torre acima das nuvens. Que a tomaria como sua e a faria feliz apesar da imensa diferença e concepção dos dois. E que depois de romperem as paredes da irrealidade viveriam sim em mundo de verdade. Pés no chão, correndo contra o tempo, correndo com o tempo, a fim de fazerem com que a vida os abrigassem e permitisse ser possível viverem juntos.
Castelos de sonhos ela formou a cada palavra em que ele se deixava transparecer. Ele esquecia a imagem que formou e passou a ser mais amável, e realmente interessado, realmente apaixonado. Uma palavra o entregou. Uma.
E depois dessa vieram tantas...
Tantas que a deixava feliz por estar realmente acontecendo, por ele existir. Por ele estar ali.ao alcance de um coração apesar das milhas. Não a condene, por favor. Ela sonha que tudo pode ser possível. Para ela não importava que ele estivesse longe, mas que ele estivesse ali, na hora marcada. Era como se Ele estivesse ao seu lado embora estivesse do outro lado do país. Sim, para muitos isso parece anormal.
- Que raios ela tem na cabeça!Como pode amar um estranho a que nunca vira e ainda achar estar tão próxima!
Pobre menina. Crê que quando há amor não importa onde os corpos estejam quando os corações permanecem juntos. E isso funcionaria para ela em qualquer situação, pode crer.
O fato é, ela estava apaixonada. Em tão pouco tempo. E o que aos poucos ele se revelava, achava que ele também acordara para aquilo. Que ele também a amava.
E ele aos poucos se atentou para isso, percebeu. Ele realmente percebeu que sentia algo. Algo que não pensara ser possível. Ou ao menos foi o que pareceu a ela.
Ao contrario dela ele não fazia castelos de sonhos onde, no caso, ele resgataria princesas .Ele as incitava a pular de suas torres. E depois Satisfeito ele as deixava partir.
Ele era pé no chão. Não era sonhador, do tipo que acreditava encontrar o amor verdadeiro ao virar a esquina, na fila da padaria, ou atrás de uma tela. Ele não esperava, tampouco esperava que isso acontecesse.
Como o bom galante que era ele sabia fazê-la se sentir amada. Se sentir querida e ter importância.
Aquilo a certo ponto foi normal para ele. Era assim que funcionava.
Mas aquilo era incrível para ela. A deixava certa que era realmente real.
E como era de se esperar ela deixou que aquilo tomasse conta dela.ela Pensava nele em todas horas do dia. Imaginava ele curtido cada momento com ela. Como um amigo imaginário ela o moldou ao seu lado em todas as situações possíveis. Andando pela rua, ao ler um livro na área livre da faculdade, ao lados dos seus amigos na cantina observando o jeito dela, em casa vendo tv reclamando não ter nada pra fazer, correndo nas ruas para fugir da chuva, e em todos as horas que ela desejava realmente ele ali.
Aquilo parecia tão idiota para ela, ainda parece. Varias vezes ela se perguntou porque ela é assim. Porque suas concepções eram diferentes dos demais, e isso ela nunca vai compreender.
Era tão mais fácil amar alguém próximo, alguém real. Ali.Mas isso sim era incabível pra ela, mais até, do que aceitar viver daquela forma. Alguém dali, era alguém tão normal. Ela era fascinada por pessoas que tinham uma característica que fosse o menos minimamente incomum. Isso a deixa eufórica. A incompreensão realmente a instiga. Aquilo era mais forte do que ela. Definitivamente.
E desvairada por estar suportando algo tão grande que ela não sabia conter sozinha,ela se deixou levar. E dessa vez ela falou mais do que devia ser falado, do que devia ser ouvido.
Ele não soube suportar o que ouviu.Pareceu ser demais,. Grandioso demais. Irreal demais para o que ele acreditava ser possível.
E toda a intensidade se fora.
E a amabilidade se transformou numa leve arrogância clamando realidade, de forma que ela visse a verdadeira face da situação. De forma que ela entendesse que existiam varias nuances que devia ser levadas em conta e que ela as ignorara desde o começo. Uma delas era inquestionável: as milhas.
Esse era um ponto que ele decididamente se apegara. Suas palavras insultaram tudo o que ela havia construído.
- você deve viver, deve amar alguém real.
Ele era real o bastante pra ela. Não era pelo fato dela não poder vê-lo, senti-lo ou abraça-lo que ele seria irreal. Ela o podia ouvir, podia ler suas palavras, suas idéias, saber o que ele estava sentido através delas, e isso era muita coisa.tudo podia começar a partir daí.
Ela achava que eles poderiam levar tempo o suficiente dessa forma, até que eles tivessem prontos, até que fosse finalmente possível.
Mas havia uma dissensão: ela aceitava, ele não
Ela não entendia porque, ela explicou que conseguiria viver muito bem assim, desde que ele estivesse ali, presente. Não se sabe se impelido pelo medo de inspirar um sentimento tão forte, pelo medo de alimentar nela a esperança vã de um amor impossível, de incentivar uma espera inútil; Ou apenas pelo fato dele não sentir nada, de apenas ter brincado, palavras em vão, sem sentido algum. Ele findou tudo o que um dia havia provocado. E suas palavras a cortaram. Como jamais outras faria um dia. Ela não sabia explicar como aquelas frases
poderiam machucá-la tanto. E não eram apenas palavras rudes de indiferença, mas sim palavras duras de realidade. Esse era o problema, era apenas realidade, era tudo o que ela não queria aceitar. Era o que ela não queria acreditar.
E a intensidade do encanto se transformou sentimento de rejeição.
Poucas coisas doeram tanto.
Poucos amores machucaram tanto. Temos de convir que: ela nunca se sentira tão magoada por um cara de verdade como por aquele cara que ela nunca vira. Nunca se importara tanto também. E como tudo estava claramente acabado ela não sabia mais o que fazer, o que dizer a não ser se encolher e desmontar em pedacinhos se dando motivos para acreditar que aquilo não estava acontecendo, que nunca acontecera.
Não se sabe como, mas ela o via na sua frente, ela o imaginava após ter juntado todas as partes das imagens em que o vira. E suas palavras que transmitiam inteligência, bela prepotência e uma ar de mistério encantador davam a sua imagem um charme a mais, de que ela gostava tanto, de que se apaixonara tanto.O poder de suas palavras congelava-lhe o estomago. E até mesmo depois dele ter-lhe cortado em estilhaços ela não desfez sua imagem. Ficara ainda mais forte. Ficara ainda mais vital.
Mas ele não estava mais ali. Ele se fora. O que ficara foi apenas a imagem constituída por ele, e a lembrança de suas palavras, agora inertes. Só restava - lhe agora um buraco, sangrando.
O desespero do repúdio foi-lhe inaceitável. Ela não conseguia conceber o fato dele deixá-la assim tão fácil, pior, dele libertá-la assim.
Covarde. A primeira palavra que lhe veio à cabeça.
- como pôde ser tão covarde?
Mas isso não adiantaria mais. O que quer que ela fizesse não adiantaria mais. Ela já tentara concertar o que dissera, ela já tentara expor soluções mais cabíveis, ela tentara ser mais dura por fim. Nada adiantara. Com uma sobra de dignidade ela foi-se. O deixou a falar sozinho, mesmo ele não estando falando mais nada a um bom tempo.
Dias passaram as bordas ainda corroídas. Tudo ficara estranho.
Ele estava lá. Mas não estava. Pelo menos era como se não estivesse.
Ela entrava e não era recebida com alegria como outrora. Nem era recebida para falar a verdade. Lá penas existia um nome, nada mais. Ela esperava nada acontecia. Ela saia.
E isso durou.
Dura é a cicatrização quando não se consegue aceitar que o machucado deve finalmente sarar.
Ele apareceu. Frio e casual. Como se tudo houvesse acontecido. Talvez ele ate não tentasse demonstrar isso, mas foi assim que ela agiu. E isso durou semanas.
Ela nunca sabia se ele ia lhe proferir palavra alguma, isso raramente acontecia. Ela arriscava, quebrava a cara e arrependia-se algumas vezes, por outras se satisfazia, ao menos ele era educado.Ao menos a respondia. Mas aí, ele sumiu.
Meses, e ele não apareceu.
Ela sempre entrava com esperança de ver seu nome. Embora não falasse ele estaria ali.
Mas ele não estava.
Ela conseguiu esquecer as palavras. Mas não conseguia justificar sua falta. Não sabia porque se importava tanto. Deu de ombros. Sentia-se compelida a isso.
Ela decidiu viver. Foi o que ele lhe dissera.
E ela vive. Mas não consegue evitar o fato de deixar de lembrar dele, de recordar seu nome, de falar sobre ele, de imaginá-lo.
Ela leva agora a certeza da incerteza. Incerta que ele um dia realmente a queira, mesmo sendo possível, mesmo estando um frente ao outro.
Hoje ele apareceu novamente. Eles conversam às vezes, e mesmo não sendo nem de longe como antes, isso a deixa com a perspectiva de um dia estarem perto o bastante para se aproximarem de novo. Ela não consegue esquecê-lo completamente e desistiu disso. Ela tentou, mas seu nome sempre se apresenta de alguma forma
# O nome de alguém, uma frase falada, um fato um dia comentado, uma foto similar, características semelhantes. Qualquer coisa.
Ela escreve. É a melhor forma que ela encontrou para lidar com isso. Afinal, nada mais consolador que afogar em papeis toda a mágoa que se sente. E nada dá mais inspiração do que um amor não correspondido.
Mas intensamente preocupado neles ele os cultivou, instigou. E após os escutar simplesmente dava duas palavras de mera importância, o que resultava em mais detalhes, explicações.
Divergência de opiniões sempre. Ela egocêntrica e se importa com tudo o que sua imagem representa. Ele divergente, diferente. Ele gosta de chocar, mas não sei se ele sabe realmente disso. Ela falava sobre tudo sobre ela, e tampouco sabia sobre ele.
-A vida é complicada demais para explicar agora, era o que ela ouvia. Talvez depois, não esta preparada para isso.
Ela estava.
Sinceramente, para ela não importava o que ele dissesse, ela estaria pronta. Nada naquele ponto a interessava mais, a envolvia mais, do que ouvir ele. Saber sobre ele. Tudo o que pudesse lhe dar mais ciência sobre o que ele era, era o bastante. Ela empregava a ele o que mais tinha de bonito na sua vida naquele momento, apesar de tudo. Apesar da distancia, apesar de ser inviável, apesar do desconhecimento. Ela o amava. Sim isso podia ser real.
Incomum talvez, mas real. Ela fez castelo de sonhos onde ele era o personagem principal. Aquele que a viria resgatar sobre um cavalo veloz, de uma vida triste e enfadonha em uma torre acima das nuvens. Que a tomaria como sua e a faria feliz apesar da imensa diferença e concepção dos dois. E que depois de romperem as paredes da irrealidade viveriam sim em mundo de verdade. Pés no chão, correndo contra o tempo, correndo com o tempo, a fim de fazerem com que a vida os abrigassem e permitisse ser possível viverem juntos.
Castelos de sonhos ela formou a cada palavra em que ele se deixava transparecer. Ele esquecia a imagem que formou e passou a ser mais amável, e realmente interessado, realmente apaixonado. Uma palavra o entregou. Uma.
E depois dessa vieram tantas...
Tantas que a deixava feliz por estar realmente acontecendo, por ele existir. Por ele estar ali.ao alcance de um coração apesar das milhas. Não a condene, por favor. Ela sonha que tudo pode ser possível. Para ela não importava que ele estivesse longe, mas que ele estivesse ali, na hora marcada. Era como se Ele estivesse ao seu lado embora estivesse do outro lado do país. Sim, para muitos isso parece anormal.
- Que raios ela tem na cabeça!Como pode amar um estranho a que nunca vira e ainda achar estar tão próxima!
Pobre menina. Crê que quando há amor não importa onde os corpos estejam quando os corações permanecem juntos. E isso funcionaria para ela em qualquer situação, pode crer.
O fato é, ela estava apaixonada. Em tão pouco tempo. E o que aos poucos ele se revelava, achava que ele também acordara para aquilo. Que ele também a amava.
E ele aos poucos se atentou para isso, percebeu. Ele realmente percebeu que sentia algo. Algo que não pensara ser possível. Ou ao menos foi o que pareceu a ela.
Ao contrario dela ele não fazia castelos de sonhos onde, no caso, ele resgataria princesas .Ele as incitava a pular de suas torres. E depois Satisfeito ele as deixava partir.
Ele era pé no chão. Não era sonhador, do tipo que acreditava encontrar o amor verdadeiro ao virar a esquina, na fila da padaria, ou atrás de uma tela. Ele não esperava, tampouco esperava que isso acontecesse.
Como o bom galante que era ele sabia fazê-la se sentir amada. Se sentir querida e ter importância.
Aquilo a certo ponto foi normal para ele. Era assim que funcionava.
Mas aquilo era incrível para ela. A deixava certa que era realmente real.
E como era de se esperar ela deixou que aquilo tomasse conta dela.ela Pensava nele em todas horas do dia. Imaginava ele curtido cada momento com ela. Como um amigo imaginário ela o moldou ao seu lado em todas as situações possíveis. Andando pela rua, ao ler um livro na área livre da faculdade, ao lados dos seus amigos na cantina observando o jeito dela, em casa vendo tv reclamando não ter nada pra fazer, correndo nas ruas para fugir da chuva, e em todos as horas que ela desejava realmente ele ali.
Aquilo parecia tão idiota para ela, ainda parece. Varias vezes ela se perguntou porque ela é assim. Porque suas concepções eram diferentes dos demais, e isso ela nunca vai compreender.
Era tão mais fácil amar alguém próximo, alguém real. Ali.Mas isso sim era incabível pra ela, mais até, do que aceitar viver daquela forma. Alguém dali, era alguém tão normal. Ela era fascinada por pessoas que tinham uma característica que fosse o menos minimamente incomum. Isso a deixa eufórica. A incompreensão realmente a instiga. Aquilo era mais forte do que ela. Definitivamente.
E desvairada por estar suportando algo tão grande que ela não sabia conter sozinha,ela se deixou levar. E dessa vez ela falou mais do que devia ser falado, do que devia ser ouvido.
Ele não soube suportar o que ouviu.Pareceu ser demais,. Grandioso demais. Irreal demais para o que ele acreditava ser possível.
E toda a intensidade se fora.
E a amabilidade se transformou numa leve arrogância clamando realidade, de forma que ela visse a verdadeira face da situação. De forma que ela entendesse que existiam varias nuances que devia ser levadas em conta e que ela as ignorara desde o começo. Uma delas era inquestionável: as milhas.
Esse era um ponto que ele decididamente se apegara. Suas palavras insultaram tudo o que ela havia construído.
- você deve viver, deve amar alguém real.
Ele era real o bastante pra ela. Não era pelo fato dela não poder vê-lo, senti-lo ou abraça-lo que ele seria irreal. Ela o podia ouvir, podia ler suas palavras, suas idéias, saber o que ele estava sentido através delas, e isso era muita coisa.tudo podia começar a partir daí.
Ela achava que eles poderiam levar tempo o suficiente dessa forma, até que eles tivessem prontos, até que fosse finalmente possível.
Mas havia uma dissensão: ela aceitava, ele não
Ela não entendia porque, ela explicou que conseguiria viver muito bem assim, desde que ele estivesse ali, presente. Não se sabe se impelido pelo medo de inspirar um sentimento tão forte, pelo medo de alimentar nela a esperança vã de um amor impossível, de incentivar uma espera inútil; Ou apenas pelo fato dele não sentir nada, de apenas ter brincado, palavras em vão, sem sentido algum. Ele findou tudo o que um dia havia provocado. E suas palavras a cortaram. Como jamais outras faria um dia. Ela não sabia explicar como aquelas frases
poderiam machucá-la tanto. E não eram apenas palavras rudes de indiferença, mas sim palavras duras de realidade. Esse era o problema, era apenas realidade, era tudo o que ela não queria aceitar. Era o que ela não queria acreditar.
E a intensidade do encanto se transformou sentimento de rejeição.
Poucas coisas doeram tanto.
Poucos amores machucaram tanto. Temos de convir que: ela nunca se sentira tão magoada por um cara de verdade como por aquele cara que ela nunca vira. Nunca se importara tanto também. E como tudo estava claramente acabado ela não sabia mais o que fazer, o que dizer a não ser se encolher e desmontar em pedacinhos se dando motivos para acreditar que aquilo não estava acontecendo, que nunca acontecera.
Não se sabe como, mas ela o via na sua frente, ela o imaginava após ter juntado todas as partes das imagens em que o vira. E suas palavras que transmitiam inteligência, bela prepotência e uma ar de mistério encantador davam a sua imagem um charme a mais, de que ela gostava tanto, de que se apaixonara tanto.O poder de suas palavras congelava-lhe o estomago. E até mesmo depois dele ter-lhe cortado em estilhaços ela não desfez sua imagem. Ficara ainda mais forte. Ficara ainda mais vital.
Mas ele não estava mais ali. Ele se fora. O que ficara foi apenas a imagem constituída por ele, e a lembrança de suas palavras, agora inertes. Só restava - lhe agora um buraco, sangrando.
O desespero do repúdio foi-lhe inaceitável. Ela não conseguia conceber o fato dele deixá-la assim tão fácil, pior, dele libertá-la assim.
Covarde. A primeira palavra que lhe veio à cabeça.
- como pôde ser tão covarde?
Mas isso não adiantaria mais. O que quer que ela fizesse não adiantaria mais. Ela já tentara concertar o que dissera, ela já tentara expor soluções mais cabíveis, ela tentara ser mais dura por fim. Nada adiantara. Com uma sobra de dignidade ela foi-se. O deixou a falar sozinho, mesmo ele não estando falando mais nada a um bom tempo.
Dias passaram as bordas ainda corroídas. Tudo ficara estranho.
Ele estava lá. Mas não estava. Pelo menos era como se não estivesse.
Ela entrava e não era recebida com alegria como outrora. Nem era recebida para falar a verdade. Lá penas existia um nome, nada mais. Ela esperava nada acontecia. Ela saia.
E isso durou.
Dura é a cicatrização quando não se consegue aceitar que o machucado deve finalmente sarar.
Ele apareceu. Frio e casual. Como se tudo houvesse acontecido. Talvez ele ate não tentasse demonstrar isso, mas foi assim que ela agiu. E isso durou semanas.
Ela nunca sabia se ele ia lhe proferir palavra alguma, isso raramente acontecia. Ela arriscava, quebrava a cara e arrependia-se algumas vezes, por outras se satisfazia, ao menos ele era educado.Ao menos a respondia. Mas aí, ele sumiu.
Meses, e ele não apareceu.
Ela sempre entrava com esperança de ver seu nome. Embora não falasse ele estaria ali.
Mas ele não estava.
Ela conseguiu esquecer as palavras. Mas não conseguia justificar sua falta. Não sabia porque se importava tanto. Deu de ombros. Sentia-se compelida a isso.
Ela decidiu viver. Foi o que ele lhe dissera.
E ela vive. Mas não consegue evitar o fato de deixar de lembrar dele, de recordar seu nome, de falar sobre ele, de imaginá-lo.
Ela leva agora a certeza da incerteza. Incerta que ele um dia realmente a queira, mesmo sendo possível, mesmo estando um frente ao outro.
Hoje ele apareceu novamente. Eles conversam às vezes, e mesmo não sendo nem de longe como antes, isso a deixa com a perspectiva de um dia estarem perto o bastante para se aproximarem de novo. Ela não consegue esquecê-lo completamente e desistiu disso. Ela tentou, mas seu nome sempre se apresenta de alguma forma
# O nome de alguém, uma frase falada, um fato um dia comentado, uma foto similar, características semelhantes. Qualquer coisa.
Ela escreve. É a melhor forma que ela encontrou para lidar com isso. Afinal, nada mais consolador que afogar em papeis toda a mágoa que se sente. E nada dá mais inspiração do que um amor não correspondido.
terça-feira, julho 28
segunda-feira, julho 27
Carta a um imponente pai de família.
Boa noite Sr. você já parou pra ver a bela família torta que você fundou? Não? Ok, vamos lá:
Um filho repreendido, que tem problemas comportamentais e grande dificuldade de socialização, que ignora você.
Uma esposa rancorosa, que se mata de trabalhar pra suprir o que você não dá, e compensar o que você não faz e que ojeriza você
Uma filha, que é bipolar e depressiva por culpa das suas psicoses e cobranças e que odeia você.
Muito bem, já que todos lhe foram apresentados, quero lhe dizer o quanto você vai bem perante a sociedade mostrando essa família de ouro; mulher obediente, recatada, filhos exemplares. Mas que por trás das paredes pedem socorro para que algum milagre aconteça para que eles se afastem de você permanentemente.
- Não quer comprar as passagens de avião? Posso lhe reservar o horário das 8?
Você os considera tão incompetentes e tão idiotas que ainda acha que não merecia isso. Eu sei. Parece duro pra vc. Ainda tem tempo de formar uma família nova. Que tal? É só atravessar a porta. Se você quiser lhe faço as malas...Mas...voce não tem coragem não é? Eles são tão estúpidos mas lhes convem tanto...
Que outros se arqueariam diante de você, aceitariam suas questões e acatariam sua crueldade? É , já não se fazem mais famílias como antigamente.
E Todos estão tão ansiosos e esperançosos para se libertarem, e cada surto que você dá, cada atitude mesquinha e insana sua é só mais um motivo para por na lista.
É bom ter cuidado.
A velhice e com ela a dependência... eu não pioraria sua situação se eu fosse você.
O mundo não gira em torno do seu umbigo, muito menos do seu nariz. As pessoas não sao suas escravas, elas não são obrigadas a aceitar seus inrompidos desejos sórdidos com um sorriso no rosto e gratidão estampada na cara.
VC NÃO É MESTRE, vc nao é NADA.
Assim como todos, um saco de ossos, carne e merda. Algo tão frágil e tão vunerável pra se achar tão soberbo.
Mas a providencia é divina e Deus é pai não é padastro. Vamos ver o que o mundo lhe reserva.
Eu tentaria não dar motivos para morrer sozinho.
Nos vemos daqui a alguns anos, só não me venha com lamentações, carências dramáticas e um boleto bancário.
Até.
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